Star Trek: The Game é um
jogo de ação-aventura do Universo Star Trek em terceira pessoa. Foi
desenvolvido pela Digital Extremes e co-produzido pela Namco Bandai Games e
Paramount Pictures em associação com a CBS Studios International. O jogo foi
lançado pela primeira vez nos Estados Unidos em 23 de abril de 2013, para
PlayStation 3, Xbox 360 e plataformas Microsoft Windows. Levou três anos
para ser produzido e foi o primeiro desenvolvimento de um videogame realizado
internamente pela Paramount Studios, que optou por não licenciar o
desenvolvimento para terceiros. A equipe de produção pretendia que ele fosse
uma continuação da linha temporal do filme Star Trek (2009)
de J. J. Abrams para
evitar as armadilhas típicas associadas aos videogames baseados em filmes.
Os jogos que influenciaram a mecânica por traz de Star Trek
incluíram a série Mass Effect, Uncharted e Metroid Prime, e certos elementos
do jogo Star Trek refletiram episódios de Star Trek TOS: The Original Series
como "Arena" e "Amok Time".
O jogo é ambientado no
universo Star Trek, entre os eventos dos filmes Star Trek (2009) e Star Trek
- Além da Escuridão (Into Darkness-2013)
de J. J. Abram, e segue
as aventuras do Capitão James T. Kirk e da tripulação da nave estelar da USS
Enterprise. O jogador assume o controle do Capitão Kirk ou do primeiro
oficial Spock, e investiga o roubo de um dispositivo de terra-formação (terraforming)
da colônia chamada Novo Vulcano (New Vulcan) pelos Gorns.
A raça reptiliana Gorns,
que já apareceu em episódios da Série Clássica dos anos 60 e recentemente na
série
Star Trek: Enterprise, foi totalmente redesenhada, com quinze diferentes
classes de criaturas criadas dentro da raça. Uma réplica do traje Gorn do
episódio "Arena" apareceu em uma propaganda viral para a TV ao lado de William Shatner,
como uma homenagem à luta entre Kirk e o Gorn do episódio clássico. O jogo
foi lançado pela primeira vez na Electronic Entertainment Expo 2012, mas foi
abertamente criticado pelos especialistas em games após o lançamento em 2013
e as vendas foram muito ruins.
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Quando vejo um lançamento de
um jogo do Universo Star Trek, já ligou meu alerta amarelo mental para me
proteger do que está por vir... mas ao jogar Star Trek: The Game pude
perceber como esses desenvolvedores podem fazer grandes desperdícios com o Universo Star
Trek, o qual é tão rico para se resumir a ficar atirando em uns monstrinhos
armados com animações terríveis,
combates sem graça, quebra-cabeças repetitivos e bugs desenfreados.
Cadê a diplomacia?....e
o verdadeiro espírito Star Trek? "Oh não,
preferimos velociraptors com armas de raios, roubando uma super-arma, e
matar todos os largatos que aparecem no caminho." Realmente um
desperdiço de possíveis histórias baseadas no Universo Star Trek.
No início do jogo, os gráficos
até surpreendem aumentando as
esperanças de que não seria um jogo ruim. Kirk e Spock graficamente se parecem muito com Chris Pine e Zachary Quinto, respectivamente
(ajudado pelo áudio das vozes, pois eles dublam seus personagens). Particularmente na versão para PC, o
detalhe de textura é impressionante, e a maioria dos sons e efeitos de
fundo são realmente bastante autênticos.
Então o jogo prossegue e os
personagens começam a se movimentar abrindo suas bocas, ou
fazendo algo como interagem com o ambiente ou outras ações diversas,
revelando suas terríveis animações, muitos movimentos de aparências desajeitadas,
pessoas e objetos cortando o corpo um ao outro.
O
interior da nave USS Enterprise parece bom o suficiente, mas as naves alienígenas e do mundo que você luta, são
muito iguais e repetitivos, além de confusos. Da mesma forma, todas as armas
alienígenas, espingardas, rifles e lançadores de foguetes, além de nada notáveis no
seu desempenho, são
todos pedaços peças de tecnologia alienígena que são difíceis de
distinguir entre si.
Talvez o maior erro do jogo
seja se apoiar demais em seu modo cooperativo entre os dois personagens.
Basicamente Kirk e Spock estão sempre juntos nas cenas, e enquanto um
jogador controla um deles, o outro é comandado pelo computador, sem nenhum
pingo de inteligência artificial.
A inteligência artificial
de Star Trek talvez seja a pior já feita na história dos videogames desta
nova geração de games cooperativos. Contar com o segundo personagem para
diversas tarefas chega a ser desgastante de tão cansativo.
Durante o avanço pelas
fases, foi comum ver momentos engraçados e ridículos envolvendo o personagem
controlado pelo computador. Por exemplo, seu companheiro morre por não
buscar abrigo em tiroteios e, quando o faz, acaba te expulsando do lugar que
você está, fazendo com que o seu personagem leve tiros gratuitos. A situação
seria trágica e não fosse cômica. No modo on-line, jogando com outro
jogador, isso melhora muito e fica bem mais fácil progredir.
Jogando Star Trek: The Game
me senti como estivesse diante de uma versão inacabada de um jogo que, mesmo quando
tivesse concluído,
ainda não seria muito bom. São mais de 10 horas de jogo onde não observamos
nada criativo ou original, apenas correria e tiros nos lagartos, sendo um desperdício do material original,
dos
efeitos sonoros e das vozes originais do elenco.
NOTA:
6,0 |
Não perca tempo jogando Star Trek
The Game, a não ser para apenas se distrair e matar muitos lagartos em nome
da Federação. Desista também da famosa frase tema do Capitão Kirk... “procurar novos mundos, novas
vidas, novas civilizações, audaciosamente indo onde ninguém jamais esteve”,
vai ficar mesmo apenas atirando nos Gorns e indo para onde o jogo te
indicar.
Abaixo temos mais algumas imagens e o
vídeos produzidos pelo canal de games "SkillPlayerBR", disponibilizados no YOUTUBE
com a sequência completa do jogo.
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