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A CLONAGEM E MANIPULAÇÃO GENÉTICA Publicamos a seguir mais um artigo técnico e ficcional sobre os diversos conceitos tecnológicos apresentados dentro do Universo de Jornada nas Estrelas. Desta vez enfocaremos a Clonagem e Manipulação Genética.
Estes artigos
não tem a pretensão de serem um compêndio científico sobre o tema, mas
uma orientação aos fans da série, em uma linguagem acessível todos,
sobre as diversas tecnologias apresentadas, que aos poucos estão
se mostrando ser viáveis em nosso próprio universo. Este artigo foi escrito pelo nosso colaborador Guilherme Radin, e inicia com as definições básicas da Clonagem e da Manipulação Genética, como foram exploradas na ficção científica em geral e principalmente no Universo de Jornada nas Estrelas e termina algumas breves considerações sobre esse polêmico tema, com a sua aplicabilidade nos dias atuais. Este artigo foi elaborado com o auxílio de uma pesquisa em diversas fontes disponíveis, em português e internacionais, as quais encontram relacionadas no final do artigo. Alm. MDaniel USS Venture NCC 71854
A Clonagem, bem como a Manipulação Genética, são alguns dos temas polêmicos de nossos dias que foram abordados no Universo de Jornada Nas Estrelas, mas em termos simples o que entendemos por Clonagem e Manipulação Genética?
A Clonagem É um método cientifico artificial de reprodução que utiliza células somáticas (as que formam órgãos, pele e ossos) no lugar do óvulo e espermatozóide. Vale lembrar que este é um método artificial, pois a maioria dos seres se reproduz, através de células sexuais. As exceções à regra seriam os vírus e bactérias.
A Manipulação Genética ou Engenharia Genética são termos para o processo de manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo normal reprodutivo deste. Envolvem freqüentemente o isolamento, a manipulação e a introdução do DNA num chamado "corpo de prova", geralmente para exprimir um gene. O objetivo é de introduzir novas características ou modificá-las num ser vivo para aumentar a sua utilidade, tal como aumentando a área de uma espécie de cultivo, introduzindo uma nova característica, ou produzindo uma nova proteína ou enzima.
A primeira experiência de clonagem de animais ocorreu em 1996 na Escócia, no Instituto de Embriologia Roslin. Lá o doutor Ian Wilmut, clonou uma ovelha, que foi batizada de Dolly, posteriormente eles também conseguiram clonar bois, cavalos, ratos e porcos. A ovelha Dolly morreu anos depois de envelhecimento precoce.
Desde o século 19, horticultores obtinham clones de orquídeas através da cultura de tecidos merismetáticos de uma planta matriz. Com este método eles geravam dezenas de plantas geneticamente idênticas. O termo Clone foi criado em 1903 por Herbert J. Webber, quando pesquisava plantas no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Segundo Webber: o termo vem da palavra grega Klón, que significa broto vegetal. É basicamente um conjunto de células, moléculas ou organismos descendentes de uma célula e que são geneticamente idênticas a célula original. Desta forma, a clonagem é um processo de reprodução assexuada, onde são obtidos indivíduos geneticamente iguais (microorganismo, vegetal ou animal) a partir de uma célula-mãe. É um mecanismo comum de propagação de espécies de plantas, bactérias e protozoários. Em humanos, os clones naturais são gêmeos univitelinos, seres que compartilham do mesmo DNA, ou seja, do mesmo material genético originado pela divisão do óvulo fertilizado, porém apesar de serem idênticos fisicamente, a diferenciação de personagem e individualidade de cada indivíduo humano observadas desde o nascimento não conseguiu ainda ser explicada.
A clonagem alcançou o mundo da ficção cientifica, quando foi escrita à obra “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley. O autor talvez não imaginasse que um dia à ciência poderia aproximar-se tanto da ficção de sua obra.
Atualmente o termo clonar significa: “produzir indivíduos idênticos um ao outro, por meio de técnicas que excluem a fertilização”
Produzir um clone animal na teoria é relativamente simples: basta que um óvulo não fertilizado de uma fêmea seja obtido e enucleado (remoção do núcleo que contém a informação genética); a seguir, o núcleo de uma célula do organismo o qual se quer clonar (doador do núcleo) é introduzido no óvulo sem núcleo. A partir daí, processos químicos ou elétricos são usados para estimular a fusão das partes (citoplasma e núcleo) e formar uma nova célula que dividida sob condições artificiais formará um embrião, o qual será finalmente transplantado para um útero a fim de se desenvolver e formar uma cópia do doador, com a ressalva de alguma herança citoplasmática.
Entretanto, para se obter um clone adulto de um mamífero, temos que esperar alguns anos, como qualquer outro animal ou criança, pois um clone é um embrião como qualquer outro, com a única diferença de ter o mesmo genoma de outro indivíduo. Esse simples fato parece, contudo, passar despercebido da maioria dos roteiristas de Ficção Científica, como em Alien 4, onde vemos um clone de Ripley surgir instantaneamente adulto (sem falar na “fusão” do DNA de Ripley e do Alien).
Alguns roteiristas não tiveram o cuidado de ir a fundo nas questões biológicas antes de escrever aos roteiros de FC envolvendo clonagem. Um outro exemplo instrutivo de falta de “dever de casa” foi o episódio “Up the Long Ladder” de Star Trek - The Next Generation, onde vemos um planeta habitado por clones de seis únicos indivíduos.
O roteiro explica o motivo: Havia um projeto de colonização, mas a nave sofreu um acidente e quase todos os colonos morreram. A solução para aumentar rapidamente a população foi clonar as duas mulheres e os quatro homens. Pareceu tudo bem lógico ao roteirista, mas o que tem a ver a necessidade de aumentar rapidamente a população com a clonagem daqueles indivíduos? Não seria mais fácil e geneticamente mais diversificado simplesmente recolher o esperma dos homens e os óvulos das mulheres e fazer fertilizações "in vitro" de tantos novos indivíduos quanto possível? Para obter um clone teriam que remover o núcleo dos óvulos e substituí-los por núcleos de células somáticas. Por que não usar logo o núcleo original do óvulo já com um conjunto randomicamente escolhido de metade dos cromossomos das mulheres doadoras? Por que não fertilizá-los com espermatozóides dos homens com um conjunto análogo de cromossomos, num processo bem mais simples e eficiente? Assim, teriam indivíduos geneticamente diferentes no final, embora partindo do mesmo pool de genes original dos seis indivíduos.
Clones seriam mais difíceis de produzir e trariam um empobrecimento genético à comunidade. O verdadeiro limitador do processo seria de fato os úteros artificiais necessários, pois, com apenas os úteros naturais das duas mulheres, o crescimento da população estaria evidentemente limitado. Mas o assunto dos úteros artificiais infelizmente não foi sequer discutido no episódio. Na verdade, o clone do Comandante Riker aparecia se “desenvolvendo”, já em tamanho adulto, como uma massa disforme, numa espécie de “incubadora”, num processo que seria impossível para o desenvolvimento real de um ser humano, mas que parece ter sido incorporado à “mitologia” dos clones em roteiros de FC na TV e no cinema.
Outro tema da moda, estimulado pela polêmica dos alimentos transgênicos, a Manipulação Genética de embriões criando crianças de encomenda, eugenia, escaneamentos genéticos e curas genéticas também aguçam a curiosidade do público.
Nesse caso parece que os roteiristas de Ficção Científica estão ainda tímidos, o que tem diminuído o índice de absurdos. Tem havido, por outro lado, um certo exagero de “identificações genéticas” como segurança em portas e arquivos. Na verdade isso não é muito seguro. Nosso código genético é único, mas está espalhado por todas as células de nosso corpo. Seria facilmente obtido em resíduos como cabelos ou saliva. Um simples escaneamento de retina seria bem mais seguro.
Outra coisa é a incompreensão de alguns roteiristas de que não podemos mudar nosso código genético após um desenvolvimento maior do embrião. Ele está presente completo no núcleo de todas as nossas células (exceto as sexuais, que têm só metade). Hoje não conseguimos ainda fazer uma engenharia genética “limpa”, introduzindo ou removendo genes específicos dos genomas. A coisa atualmente é grosseira, usando vetores como vírus e plasmídeos para introduzir genes e vendo no final o que foi obtido. É um processo tentativo e heurístico. Pode ser que no futuro possamos realmente “engenheirar” com precisão os genomas, mas isso somente está ao alcance da Ficção Científica.
Nenhum episódio dos vários de Jornada nas Estrelas que abordam este tema teve tanto impacto na série quanto o “Space Seed” da Série Clássica. Nele Kirk e Cia encontram uma nave de refugiados geneticamente melhorados das “Guerras Eugênicas”, ocorrida na Terra em torno do século XX. Humanos foram manipulados geneticamente melhorando e amplificando sua força, vitalidade e inteligência, mas também aquelas péssimas “qualidades” humanas, tais como: ganância, ódio, soberba e sede de poder, gerando as “Guerras Eugênicas”, vencida pelos “normais”. Além do excelente episódio a história foi amplificada no segundo filme de Jornada nas Estrelas para o cinema consagrando Khan Noonien Singh, interpretado por Ricardo Montalban, como um dos maiores vilões da Franquia.
O tema no Universo de Jornada Nas Estrelas
As diversas séries e filmes para o cinema de Jornada nas Estrelas abordou estes temas nas suas mais variadas formas:
Série Enterprise:
Neste episódio, Trip Tucker sofre um ferimento seriíssimo e a única chance de salvá-lo é através de um transplante envolvendo um "simbionte mimético", mais conhecido no século XXII como um clone. Porém, a solução encontrada por Phlox é muito problemática. O roteiro foi escrito por Manny Coto, criador e produtor executivo da série "Odissey 5", que teve vida curta nos Estados Unidos.
Vemos que a tecnologia de clonagem tinha sido proibida em algumas partes da galáxia, e a decisão do capitão Archer de fazer um clone e depois matá-lo para poder curar seu tripulante foi algo difícil para ele, pois Trip era seu melhor amigo.
O clone tinha crescimento acelerado, e causou emoções conflitantes em T’pol, que estava apaixonada por Trip, mas não revelava seus sentimentos, mas o clone que tinha as memórias de Trip, revelou os sentimentos dele para ela.
Humanos alterados Geneticamente pelo Dr. Soong capturam uma nave klingon e fogem. São mortalmente perigosos e matam uns aos outros. Eram mais fortes e inteligentes que os humanos médios, porém as péssimas qualidades humanas também foram incrementadas.
Aqui de certa forma é retratado o perigo de se mexer no DNA, para melhorar a qualidade de vida. O resultado de brincar de Deus pode ser catastrófico, pois os humanos alterados quase jogaram a Terra numa guerra contra o Império Klingon.
Série Clássica:
Khan Noonien Singh era um ser humano geneticamente melhorado, resultado de experiências para melhoria da raça humana realizadas por cientistas da Terra do século XX. Estes seres se rebelaram e tomaram o poder em várias nações do mundo, o que começou o período chamado de “Guerras Eugênicas” (1990 à 1996) e que ao final quase resultou na destruição total da Terra. Kirk acaba esbarrando na nave que Khan usou para fugir da terra, e depois colocou toda a tripulação em estase (congelamento temporário).
Quando eles saem da hibernação tentam se apoderar da nave Enterprise que era mais avançada. Khan acreditava na superioridade dos alterados sobre os humanos “normais”. As idéias de Khan fazem eco ao ideal da raça ariana, do nazismo, mas Khan também tinha uma personalidade que poderia ser definida como napoleônica.
Embora os “alterados” fossem mais inteligentes e fortes, lhes faltava as boas qualidades humanas tais como: compaixão, o que causou sua ruína.
Nova Geração:
A questão das conseqüências da engenharia genética em seres humanos é discutida de forma bastante original e inteligente, demonstrando a capacidade de Jornada nas Estrelas de trabalhar bem os temas de ficção científica bem próximos da vida cotidiana. A USS Enterprise-D descobre que os residentes da Estação Darwin estão sofrendo de uma doença misteriosa. Os médicos do complexo pedem ao Cap. Picard que aceite receber as crianças da Estação, que foram geneticamente modificadas para se tornar 'super-humanos' resistentes a várias doenças. O poderoso sistema imunológico ativo das crianças reagiu com um vírus aparentemente inofensivo, criando anticorpos que vivem no ar e afetam o DNA de humanos normais, acelerando o processo de envelhecimento.
Com. Riker e Dra. Pulaski foram clonados sem perceberam em um planeta habitado por clones de seis únicos indivíduos. Havia um projeto de colonização, mas a nave sofreu um acidente e quase todos os colonos morreram. A solução para aumentar rapidamente a população foi clonar as duas mulheres e os quatro homens. Riker quando descobre que foi clonado desintegra seu clone que ainda estava em estase se desenvolvendo de forma acelerada.
Picard havia resgatado um outro grupo de colonos fazendeiros que haviam ficado perdidos, e convence os colonos a viverem no planeta dos clones. Dessa forma ele resolve tanto o problema dos colonos sem lar, como o dos clones que em certo momento não poderiam mais se clonar devido a degeneração celular em progresso.
Soldados modificados geneticamente foram elaborados pelos Angosianos com habilidades especiais para a Guerra. Porém quando a guerra terminou, estes soldados não foram re-integrados a Sociedade Angosiana que os tratava como criminosos.
Temos um bom exemplo ficcional sobre preconceito e os riscos da manipulação genética. Vemos que a manipulação genética dividiu esta sociedade.
A Colônia humana de Moab IV foi estabelecida sobre um balanço genético, onde cada membro desta sociedade tinha certas habilidade e características especiais. Embora nenhum deles seja supernatural, a seleção é claramente uma forma de alterar a vida humana em vez de deixar isso para a natureza.
Essa estrutura mostra sua imperfeição quando um dos membros decide abandonar a colônia, para embarcar na USS Enterprise.
Também temos aqui um eco, a “república” de Platão, onde cada membro da sociedade imaginada por ele tinha uma função social especifica que não podia ser alterada, sendo o status social imutável.
Deep Space Nine:
Quando Ibudan, um homem que Odo mandou para prisão anos antes, é assassinado a bordo da Deep Space Nine, o comissário torna-se o principal suspeito do crime. Ao final das contas, descobre-se que o assassinado não era Ibudan, mas sim seu clone, produzido pelo próprio Ibudan com o único objetivo de ser morto. O bajoriano planejou tudo em uma tentativa de incriminar Odo, buscando vingança.
Temos aqui um uso maligno da clonagem. O tema interessante aqui é saber se matar seu próprio clone é crime? Considerando que um clone, não é uma forma de vida gerada naturalmente, porém ainda assim é uma vida, com toda certeza isto é um crime.
Os Jem'Hadar são uma espécie biológica completamente artificial gerada e produzida pelos Fundadores do Dominion, e controladas por um substancia denominada Ketracel Branco. Não existe nenhuma procriação natural, e os Fundadores incluíram uma capacidade de camuflagem para seus soldados e o instinto único de lutar pelo Dominion.
Os Vortas também eram outra raça criada pelos Fundadores para serem seus porta-vozes e primeiros comandantes. São basicamente clones uns dos outros, Weyoun teve várias versões dele mesmo.
Os Jem’hadars são uma versão militarizada da manipulação genética, pois estes seres basicamente têm à função de matar o inimigo. Já os vortas são o que se pode chamar de embaixadores clones sendo sua função a diplomacia. No episódio The Abandoned vemos um crescimento acelerado de um bebê Jem'Hadar, crescimento este embutido em seu código genético.
Algo peculiar aqui é que tanto os Jem’hadars quanto os Vortas têm uma religião manipulada geneticamente, pois consideram os Fundadores como se fossem seus deuses.
Em Star Wars também mostrou uma militarização da clonagem nos episódios dois e três. Os clones criados em Kamino não demonstraram seguir nenhuma religião, apenas obedecem ordens.
Em ambos os casos, vemos que a técnica é utilizada como o objetivo fim de manipulação do ambiente externo, pois os Jem’hadars, Vortas e os Clone Troopers atuam numa função pré-determinada pelos interesses de outros.
Julian Bashir foi modificado geneticamente quando tinha a idade de cinco anos com “uma ilegal formação neural acelerada”. Neste episódio é a primeira vez que este fato é citado, e que este procedimento de manipulação genética é considerado ilegal através de leis restritivas devido as Guerras Eugênicas na Terra.
Vemos aqui que a Federação embora lute contra o preconceito, demonstra um claro preconceito com os geneticamente alterados. Tanto é que o pai de Bashir foi preso, pelo que fez ao filho. Os amigos de Bashir passam a tratá-lo um pouco diferente depois que descobrem sua condição. Somente por ele ter escondido sua condição, ele pode se tornar um médico da Federação.
O Dr. Bashir está trabalhando com um grupo de quatro humanos geneticamente alterados. Não obstante, Jack, Lauren, Patrick e Sarina gastaram a maioria de suas vidas em uma instituição porque, apesar de serem altamente talentosos, não estavam prontos para a vida social.
Aqui vemos um caso mais grave do preconceito da Federação em relação aos humanos alterados, pois os quatros foram trancados num hospital e impedidos de terem vida e uma profissão. Ao impedir que eles tivessem uma vida social, mesmo que um pouco desajustada, a Federação tirou o seu livre-arbítrio, e se tornou a responsável por sustentá-los e pelos seus atos.
Embora os quatros tivessem que ter acompanhamento médico por serem um pouco “birutas”, foi uma agressão retirar o direito deles a uma vida pública, algo já inaceitável hoje quanto mais no século 24.
Voyager:
A Clonagem é mencionada somente como uma nota lateral engraçada. Os gêmeos Borgs quiseram clonar Naomi para um projeto de ciências que Sevem of Nine tinha solicitado. Porém ela mesma sugeriu que devessem começar com o algo menor. Assim com batatas e não humanos.
Filmes para o Cinema:
No Planeta Ceti-Alfa V, o grupo de humanos alterados geneticamente pensou que seu sonho de conquistar um planeta inteiro se tornaria verdadeiro, mas seis meses após a USS Enterprise tê-los deixado, o sexto planeta do sistema explodiu e a onda de choque mudou a órbita de Ceti-Alfa V, destruindo todo o seu ecossistema o tornando um deserto.
Em 2285, líder dos “alterados” Khan Noonien Singh tomou o controle da nave estelar USS Reliant e roubou um dispositivo denominado “Torpedo Gênesis” que aniquilava planetas inteiros, tudo por motivo de vingança contra o então Almirante James T. Kirk. Khan não conseguiu derrotar seu velho adversário, e morre quando detona o dispositivo destruindo a USS Reliant e seu grupo. Neste processo surge um novo planeta denominado Gênesis.
O novo Preator de Romulus Shinzon era um clone do Cap. Jean-Luc Picard, criado para substituí-lo e conseguir informações secretas da Frota Estelar para os romulanos.
Aqui temos novamente a abordagem sobre como o ambiente pode mudar as características psicológicas, pois o clone de Picard se tornou um ditador por ter sido maltratado e humilhados pelos romulanos. O que aconteceria se o verdadeiro Cap. Picard tive-se sido criado entre os romulanos? Ele se tornaria um ditador também? Shinzon seria um defensor da democracia se tivesse vivido segundo os ideais da Federação?
Embora esse não seja um dos melhores filmes de Jornada nas Estrelas, o questionamento aqui é dos mais profundos e relevantes. Vemos também que Shinzon foi criado com fins militares, embora a função seja apenas espionagem. Mas quando ocorreu um golpe de estado em Romulus, o plano foi cancelado, e ele foi enviado para as minas no planeta Remus. O filme também mostrou que o plano original foi concebido na época em que Picard ainda era o capitão da USS Stargazer.
Como podemos ver, os temas sobre a Clonagem e Manipulação Genética são atuais, complexos e foram parcialmente abordados nos episódios de Jornada nas Estrelas, pois em sua maioria foram sempre realçados o lado negativo da aplicação dessas técnicas, esquecendo os benefícios que estas podem trazer a humanidade.
Questões sobre a Clonagem e Manipulação Genética
1 - Considerando que podemos clonar fica a pergunta: Nós devemos clonar?
Diria que a resposta é sim, pois a clonagem quando estiver num nível mais avançado, pode ser usado para salvar espécies animais e vegetais da extinção. Seria necessário que governos e universidades trabalhassem juntos para descobrir quais espécies correm mais risco de extinção.
Este tecnologia também pode ser utilizada para ajudar pessoas que tenham sofrido acidentes graves. Cientistas já estão descobrindo que é possível clonar partes de um corpo, como um braço, sem precisar clonar um humano completo.
2 - Devemos clonar humanos?
Não existe uma resposta fácil para esta questão, mas podemos teorizar um quadro baseado na nossa realidade. Pelo estatuto da ONU, todos os humanos têm seus direitos, independente de nacionalidade ou etnia.
Mas como sabemos o preconceito existe em nós da mesma forma que existe tolerância. Em certos países os direitos dos clones seriam respeitados, e nas ditaduras provavelmente não. Mesmo nos países onde seus direitos sejam respeitados, pode ocorrer o preconceito por parte de alguns grupos da sociedade.
Embora entidades religiosas estejam contra a clonagem, elas tem o direito à essa opinião, da mesma forma que existem aqueles à favor dela. Se uma pessoa for clonada embora tenha o DNA de uma pessoa “x”, experiências com gêmeos idênticos provam que suas características pessoais e personalidades são únicas e independente da sua herança genética similar, fora isso o ambiente onde o clone viverá contribuirá para construir sua personalidade, assim como de todos nós.
Algo que também não pode ser descartado é fato de poder existir os humanos clones produzidos para fins bélicos que podem até gerar um conflito bélico com os humanos não clones. A revista em quadrinhos “X-Men”, aborda uma variação dessa teorização ao mostrar o preconceito que existe dos humanos em relação aos mutantes, e os conflitos decorrentes disso.
O histórico da humanidade sempre se alternou entre repressão e tolerância. Talvez o maior exemplo dessa dualidade seja o império Romano que era pagão, e perseguiu por vários séculos os cristãos. Mas o imperador Constantino adotou o cristianismo como sua religião, e a transformou na religião do império. Maiores informações sobre o período de Constantino:
http://www.ecclesia.com.br/sinaxe/constantino_e_helena.htm
Algo que deve ser lembrado também é que novas tecnologias ou descobertas, sempre sofrem uma resistência natural ao desconhecido. Um bom exemplo disso é a “revolta da vacina”, que ocorreu no Brasil em 1904, durante o governo Oswaldo cruz. Maiores informações sobre a revolta da vacina estão disponíveis no link:
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/revolta_da_vacina.htm
Teleclonagem Une Clonagem Quântica com Teletransporte Redação da Inovação Tecnológica - 21/02/2006
No episódio O Inimigo Interior, da série Jornada nas Estrelas, o capitão Kirk foi duplicado quando era teletransportado de volta à nave USS Enterprise. Um dos clones herdou o lado ruim e o outro herdou o lado bom do capitão.
Embora não haja nenhuma pessoa envolvida, nem tampouco uma cisão de personalidades, cientistas japoneses e ingleses, trabalhando conjuntamente, conseguiram efetuar a primeira teleclonagem quântica. A teleclonagem combina a clonagem com o teletransporte.
Os pesquisadores conseguiram fazer cópias remotas de feixes de raios laser, combinando a clonagem quântica com o teletransporte quântico em um único passo. A teleclonagem é mais eficiente do que qualquer combinação de teletransporte e clonagem local porque ela se fundamenta em uma nova forma de entrelaçamento quântico - o entrelaçamento multipartite.
"A mecânica quântica nos permite fazer coisas que nós pensávamos que eram impossíveis," conta o professor Sam Braunstein, um dos membros da equipe. "Se [a experiência] irá mudar o mundo para os indivíduos ou se ela deverá apenas ser utilizada por governos ou grandes companhias é difícil de dizer. Qualquer novo protocolo é como um bebê recém-nascido, que tem que crescer, mas nós sabemos que este poderá ser utilizado para proteger canais criptográficos"
Protocolos de criptografia quântica são ultra-seguros porque permitem que se descubra quando alguém está consultando as informações protegidas. Agora, com a teleclonagem, será possível não apenas descobrir a identidade, mas também a localização do espião.
Bibliografia: Demonstration of quantum telecloning of optical coherent states Satoshi Koike, Hiroki Takahashi, Hidehiro Yonezawa, Nobuyuki Takei, Samuel L. Braunstein, Takao Aoki, Akira Furusawa Physical Review Letters 16 February 2006
Clonagem nos Dias Atuais:
TÉCNICAS DE ENGENHARIA GENÉTICA NA AGRICULTURA
Pela sua natureza, o desenvolvimento da engenharia genética convive com problemas legais e éticos. Um dos principais fatores que exigem um controle rígido pela sociedade organizada, e tem gerado polêmicas ético-morais, é a manipulação do genoma de seres vivos com fins eugênicos, ou seja, a de depuração da espécie, ou das raças com a finalidade de criar uma espécie, ou raça nova por meios não naturais. Outro caso é a retirada de células tronco de embriões humanos, principalmente contrariada por religiões, que consideram o ato uma agressão à vida.
Entretanto existem as aplicações da Engenharia Genética na medicina que não podem ser negligenciadas como por exemplo a insulina, tão importante aos enfermos de Diabete, além da interferona, são atualmente possíveis graças aos progressos da engenharia genética e da bioengenharia. Outro assunto polêmico é o uso das células-tronco em pesquisas para tratamentos de doenças degenerativas.
Engenheiros genéticos afirmam que a tecnologia de manipulação genética é segura. Dizem alguns que é necessária a fim de manter a produção de alimentos para suprir o crescimento das futuras populações do planeta.
Entretanto, outros discutem que o maior problema é a distribuição, e não a produção, pois a fome de parte da população é o resultado da distribuição desigual de alimento e da riqueza. Portanto, não haveria necessidade da produção de alimentos geneticamente modificados.
Outros ainda, afirmam que as modificações genéticas podem ter conseqüências inesperadas, podendo tanto nos organismos modificados como nos seus ambientes. Os efeitos ecológicos das plantas transgênicas precisariam ser cuidadosamente investigados antes de serem liberados para plantio.
Os ativistas Anti-Engenharia Genética dizem que com os conhecimentos atuais de genética, ainda não existe nenhuma maneira de se assegurar que os organismos geneticamente modificados fiquem controlados. Afirmam ainda que o uso desta tecnologia fora de laboratórios tem riscos inaceitáveis para o futuro. Existe o receio de que determinados vegetais geneticamente manipulados reduzirão a biodiversidade no Planeta.
Segundo afirmações ainda, as plantas tóxicas aos insetos significarão colheitas livres destes. Isto poderia resultar no declínio de vários animais selvagens (por exemplo dos pássaros) que dependem das sementes e/ou dos insetos, como alimento.
Os especialistas das técnicas genéticas enumeram os benefícios que a tecnologia pode ter nas plantas comestíveis. Por exemplo, nas difíceis condições agrícolas dos países em desenvolvimento (também conhecidos como países subdesenvolvidos, ou do Terceiro Mundo), ainda mais agora com as modificações climáticas detectadas no planeta. Dizem que, com modificações, as colheitas existentes poderiam prosperar sob as circunstâncias relativamente hostis, fornecendo maiores quantidades de alimento. A idéia do chamado arroz dourado também agrada os peritos, uma variedade geneticamente alterada do arroz, que contém níveis elevados de vitamina A. Existe a esperança que este arroz possa aliviar o déficit de vitamina A no Mundo, que contribui para a morte de milhões de pessoas anualmente.
Os peritos afirmam ainda que as colheitas geneticamente projetadas não são significativamente diferentes daquelas modificadas pela Natureza ou pelos seres humanos no passado, e estas que, pela extensão, são tão seguras ou mesmo mais seguras do que o uso de tais métodos. Apesar de existir certa transferência de genes entre eucariotos e procariotos unicelulares, até agora ainda não houve catástrofes genéticas detectadas resultantes disto.
Homenagem Póstuma
Em homenagem do meu falecido amigo, Carlos de Britto Velho, um trekker e grande fã de jornada nas estrelas. Agora deve estar no céu dos Klingons (Sto-Vo-Kor), assistindo as partidas do Internacional, com uma cerveja romulana pra completar a diversão.
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Montagem e Arte Final: Fontes: Wikipédia, a enciclopédia livre! http://pt.wikipedia.org/wiki/clonagem
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010165060221
Clube de Leitores de Ficção Científica http://www.clfcbr.org/index.php?option=com_content&task=view&id=115&Itemid=160
Site Oficial de Star Trek
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