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O site da USS
Venture começa a partir desta data a publicação de artigos técnicos e
ficcionais sobre os diversos conceitos tecnológicos apresentados dentro
do Universo de Jornada nas Estrelas.
Estes artigos
não tem a pretensão de serem um compêndio científico sobre o tema, mas
uma orientação aos fans da série, em uma linguagem acessível todos,
sobre as diversas tecnologias apresentadas, que aos poucos estão
se mostrando ser viáveis em nosso próprio universo.
A idéia é de fornecer um conteúdo técnico informativo, sua
aplicabilidade no Universo de Jornada nas Estrelas, não somente de pela
Federação como pelas demais raças, e em que ponto estão os estudos que
possibilitarão que essa tecnologia possa vir a ser aplicada em nosso
futuro.
Começaremos com
a Tecnologia de Teletransporte, com artigo escrito por nosso colaborador
Guilherme Radin. Este artigo foi elaborado com o auxílio de uma pesquisa
em diversas fontes disponíveis, em português e internacionais, as quais
encontram relacionadas no final do artigo.
Cap. MDaniel
USS Venture NCC 71854

O
Teletransporte no Universo de Jornada
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Basicamente o
Teletransporte pressupõe a transformação de matéria em energia para a
posterior rematerialização, é o processo de moção de objetos de um lugar
para outro, em curto espaço de tempo, sem a passagem pelo espaço
intermediário.
O Teletransporte, é um dos conceitos mais
brilhantes de Jornada nas Estrelas. A serie clássica iria utilizar
apenas as naves auxiliares para deslocamento, mas com o atraso na
produção de
maquetes, eles tiveram que "inventar" outra forma de levar os tripulantes
da Enterprise aos planetas visitados. Devido a este problema, eles criaram o
Teletransporte, que depois foi usado até a exaustão nos “spin-offs”, e
algumas vezes, até de forma ridícula como o episódio “Tuvix”, de Voyager.
Tomando como exemplo a Nave Estelar
USS Enterpreise-D, o transporte
extra-veicular de nave e para a nave, permitia transportar pessoas ou
objetos até uma distância de 40.000 quilômetros. Quatro transportadores de tripulantes e convidados estão no deck 6 da
seção disco, e dois transportadores pessoais estão no deck 14 na seção
de engenharia.
O Teletransporte de carga, é realizado por
quatro transportes localizados na área de carga do deck 4, e outros
quatro localizados nos decks 38 e 39, também para carga. Os transportes
de carga, funcionam na resolução molecular que é ideal apenas para
cargas, mas podem ser modificados para a resolução quântica (esta ideal
para formas de vida).
Quando se torna necessário evacuar a
nave, existem seis transportes de emergência, quatro estão na seção
disco, e dois na engenharia. Os transportes de emergência, deslocam
formas de vida até 15.000 quilômetros.


Como se
Processa o Teletransporte:
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Varredura do
alvo e travamento das coordenadas:
Durante esta primeira fase, as
coordenadas de destino são programadas no sistema de transporte.
Sensores de varredura verificam a distância e movimento relativo, e se
as condições ambientais no ponto de destino são satisfatórias para o
transporte de pessoal. Também durante esta fase, uma bateria de
diagnósticos automatizados garante que o sistema de transporte esteja
funcionando dentro dos padrões especificados para o transporte de
pessoal.
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Energizar e
desmaterializar:
O scanner molecular produz em tempo
real uma cópia do padrão do tripulante enquanto as bobinas primárias de
energização e bobinas de transição de fase convertem o tripulante em um
filamento de matéria separada subatomicamente.
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Compensação
Doppler do padrão no buffer:
O filamento de matéria é mantido no
buffer de padrão por um breve período, permitindo ao sistema compensar o
efeito Doppler entre a nave e o destino do transporte. O buffer de
padrão serve também como um dispositivo de segurança no caso de uma
falha no sistema, permitindo que o transporte seja abortado e desviado
para outra câmara.
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Transmissão do
filamento de matéria:
O ponto exato de saída da nave é um
dos dezessete conjuntos emissores que transmitem o filamento de matéria
dentro de um campo de confinamento anular.
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Componentes do Sistema
Os componentes principais do sistema
incluem:
Câmara
de transporte (TRAnsport chamber):
É a área protegida na qual acontece o
ciclo de materialização/desmaterialização. A plataforma da câmara é
elevada acima do piso para reduzir a possibilidade de uma descarga
estática possivelmente perigosa, que às vezes acontece durante o
processo de transporte.
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Console
do operador
(operator console):
Esta estação de controle permite ao
chefe de transporte monitorar e controlar todas as funções do
transportador. Ela também permite o cancelamento de seqüências
automáticas e outras funções de controle.
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Controlador de
TELEtransporte
(transport controler):
Este sub-processador do computador
está localizado ao lado da própria câmara. Ele gerencia a operação dos
sistemas de transporte, incluindo as seqüências automáticas.
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Bobinas Energizadoras
Primárias
(primary energizing coils):
Localizadas no topo da câmara de
transporte, estas bobinas criam um poderoso Campo de Confinamento Anular
(CCA), que cria uma matriz espacial na qual o processo de
materialização/desmaterialização acontece. Um campo secundário mantém o
tripulante dentro do CCA (este item é uma precaução, visto que a
interrupção do CCA durante os estágios iniciais de desmaterialização
pode resultar numa descarga intensa de energia).
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Bobinas de
transição de fase
(phase transitions coils):
Localizadas no piso da câmara de
transporte. Estes dispositivos de manipulação de quarks realizam efetivamente
o processo de desmaterialização/materialização, removendo a energia de
ligação entre as partículas subatômicas. Todos os transportadores de pessoal
são desenhados para operar com uma resolução quântica (necessária para o
transporte de formas de vida). Transportadores de carga são geralmente
otimizados para trabalhar no modo molecular (mais eficientes
energeticamente), mas podem também serem configurados para resolução quântica
se necessário.
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Scanner de
imagem molecular
(molecular imaging scanner):
Cada posição ("pad") na câmara de
transporte possui uma parte inferior (onde o tripulante fica) e uma
parte superior (localizada logo acima do tripulante). Cada pad superior
incorpora quatro conjuntos redundantes de scanners de imagem molecular
de 0,0012m em intervalos de 90º em volta do eixo primário do pad.
Rotinas de checagem de erros permitem que qualquer um dos scanners seja
ignorado se os seus resultados diferirem dos outros três. Uma falha em
dois ou mais scanners resulta em uma abortagem automática do processo de
transporte. Cada scanner está desalinhado 3.5’ de arco do eixo do CCA,
permitindo uma derivação das informações do estado quântico usando uma
série de compensadores Heisenberg. Os dados do estado quântico não são
usados quando o transportador está em modo de carga (resolução
molecular).
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Buffer de padrão
(pattern buffer):
Este dispositivo tokamak
supercondutor “atrasa” a transmissão do filamento de matéria até que o
compensador Doppler possa compensar o movimento relativo entre os
emissores e o destino. Um único buffer de padrão é compartilhado por
cada par de câmaras de transporte. Regras de operação exigem que pelo
menos mais um buffer esteja livre no sistema, para o caso de um desvio
de emergência. Em situações de emergência, o buffer de padrão é capaz de
armazenar todo o filamento de matéria em suspensão por períodos de até
420 segundos, antes que a degradação do padrão comece a ocorrer.
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Bio-filtro (biofilter):
Normalmente usado apenas em
transportes para a nave (subida), este dispositivo de processamento de
padrão faz uma varredura no filamento de matéria que está chegando e
procura por padrões que correspondem a formas bacteriológicas e virais
conhecidas. No caso da detecção de tais padrões, o biofiltro remove
estas partículas do filamento de matéria. A esse sistema também estão
acoplados scanners para detecção de armas não autorizadas que possam
estar escondidas em poder do teletransportado. Uma vez detectada a arma
pode ser desativada antes de se materializar.
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Conjunto Emissor
(emitter Array):
Montado no exterior da nave, esses
conjuntos transmitem o conteúdo do CCA e do filamento de matéria para as
(ou das) coordenadas de destino. O conjunto emissor inclui uma matriz de
transição de fase e bobina primária de energização. Também incorporadas
a estes conjuntos, estão três blocos redundantes de scanners moleculares
de foco virtual de longo alcance usados durante o processo de transporte
originado em um ponto remoto. Usando técnicas de inversão de fase, estes
emissores podem também transportar itens de/para coordenadas dentro do
volume habitável da própria nave.
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Scanners de
destino
(targeting scanners):
Um grupo de quinze blocos de
sensores, parcialmente redundantes localizados nos conjuntos sensores
laterais, superiores e inferiores. Estes dispositivos determinam as
coordenadas de transporte, incluindo direção, distância, e velocidade
relativa do destino do transporte. Os scanners de destino também produzem
informações ambientais sobre o local de destino. Coordenadas de transporte
também podem ser geradas pelos scanners de navegação, táticos e de
comunicação. Para transporte interno ponto-a-ponto, as coordenadas podem ser
obtidas dos sensores internos da nave. Tripulantes podem ser localizados para
transporte através de seus comunicadores.
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O Teletransporte no
Universo de Jornada nas Estrelas
Os tópicos acima mostraram um pouco do
funcionamento técnico básico desse equipamento, mas como a Federação e
outros povos da galáxia o utilizam? Quais povos possuem o teletransporte?

Vimos que durante o século 22 da
terra, o desenvolvimento desta tecnologia ocorreu simultaneamente ao
motor de dobra 5, da Enterprise NX-01. As origens do teletransporte da
terra estão no episódio “daedulus”, do quarto ano de Enterprise, onde
descobrimos que para esta tecnologia surgir, ocorreu o que poderíamos
chamar de uma tragédia familiar.
Durante a Série Enterprise é passada à noção de que os
Vulcanos possuem esta tecnologia já faz algum tempo, mas seus inimigos
os Andorianos não a possuem. A maioria dos povos visitados por Archer,
que já tinham motor de dobra, também possuíam a tecnologia de teletransporte.
Entre esses os principais vilões da
serie: Sulibans, Klingons e Xindis. Quanto aos Romulanos suas aparições
no século 22, não dão pistas suficientes pra se determinar se eles já
possuíam esta tecnologia ou não. Considerando que são inimigos dos
Klingons,
humanos da terra, Andorianos e Tellaritas é improvável que eles não
tivessem esta tecnologia.
Pelo que foi visto na serie clássica,
durante o século 23, o teletransporte já esta bem difundido pelos povos
dos quadrantes alfa e beta.
Na nova geração, vimos algumas
situações inusitadas com o teletransporte: uma falha técnica, gerou
outro Riker, que ficou vários anos sozinho numa base abandonada da
federação. Esta cópia de transporte recebeu o nome de Tom Riker, e
depois aparece em Deep Space 9, como um terrorista Maqui.
No episódio “Relíquia” (Relics),
descobrimos que Scott (o engenheiro chefe da Entreprise de Kirk) ficou
aproximadamente 70 anos suspenso, num feixe de transporte. Foi a única forma dele se
salvar do acidente que ocorreu com uma nave, quando ele ia para se
local de descanso após se aposentar. Relics acabou tornando-se um dos
melhores episódios da nova geração e é uma grande homenagem a Serie
Clássica.
Inclusive os dois engenheiros, Scott
e Geordi La Forge, unem-se para salvar a tripulação da USS Enterprise-D,
e é Scott que tem a idéia que salva todos. A dupla é resgatada por um
teletransporte, mas aqui temos uma pequena falha no episódio, pois os
escudos da Jenolen, nave de Scott, estavam erguidos o que torna
impossível o teletransporte.
Numa ocasião,o tenente Barclay,
pensou estar com psicose de transporte, mas foi pura imaginação dele, na
verdade estava vendo padrões de pessoas acumulados no feixe de
transporte. Já no século 22, se debatia sobre a possibilidade de
duplicatas de transporte, e psicose de transporte.
No século 24, vemos em Deep Space 9
que os povos do quadrante gama possuíam esta tecnologia, é provável que
ela tenha surgido neste quadrante antes do que no alfa. Os metamorfos
criaram o Dominion 2.000 anos antes da construção da estação Terok Nor (Deep
Space 9 para a Federação), e passaram a oprimir os que eles chamam de
sólidos.
Durante toda a serie Deep Space 9, nos
é passada a noção de que o Dominion é uma civilização tecnologicamente
superior em várias áreas cientificas. Um exemplo eram os escudos dos caças Jem-Hadares,
que
atravessavam facilmente os escudos de uma nave Classe Galaxy (a USS
Odissey), mas o contrário não ocorria.
Também vemos na primeira aparição do
Dominion, uma Vorta, usando um teletransporte para alguma nave camuflada
para fugir da Estação. A tripulação de Deep Space 9 não conseguiram impedir o teletransporte ou detectar para onde ela foi transportada. Isso mostra
que a tecnologia de teletransporte do Dominion, era mais avançada.
Quando a USS Voyager, vai parar no
quadrante delta, descobrimos que os kazons, não possuem esta tecnologia.
Eles tentam capturar a USS Voyager, para roubar suas tecnologias de
transporte, sintetizadores e holodecks e também usar a nave contra seus
inimigos.
Os Borgs possuem uma tecnologia de
transporte tão avançada, que conseguem até impedir que outros
transportem-se para seus cubos. Durante uma batalha com os Borgs, só com
medidas extremas se consegue entrar num cubo Borg (The Best of Both
Worlds – Parte 2) ou sair dele. Provavelmente os Borgs tenham adquirido
esta tecnologia de alguma raça assimilada bem antes do Dominion.
.
O Teletransporte Hoje
Para os fãs desta tecnologia, aqui vai
uma boa noticia:
O teletransporte sonhado por todos como
solução para trânsitos congestionados ou vôos intermináveis - ainda está
muito distante da realidade, mas um passo importante acaba de ser dado
nesse sentido.
Até agora, cientistas haviam conseguido teletransportar apenas luz ou um
único átomo por pequenas distâncias em uma fração de segundo. Mas o
professor Eugene Polzik e sua equipe no Instituto Niels Bohr, na
Universidade de Copenhaguem, na Dinamarca, fizeram uma descoberta muito
importante transformando luz em matéria.
"É um passo adiante porque pela primeira vez envolve o teletransporte
entre a luz e a matéria, que são dois objetos diferentes. Um carrega a
informação e o outro a guarda", explicou Polzik.
O experimento envolveu pela primeira vez um objeto atômico macroscópico,
contendo trilhares de átomos. Eles também teletransportaram a informação
a uma distância de meio metro, mas acreditam que possa ir mais longe.
"Teletransporte entre dois átomos foi feito há dois anos por duas
equipes, mas este experimento transportou os átomos a apenas uma fração
de milímetro", explicou o pesquisador. "Nosso método permite o
transporte em maiores distâncias porque envolve luz como forma de
carregar os dados", completa.
Como se pode ver essa tecnologia já
esta sendo desenvolvida na nossa realidade, e como vários países possuem
programas para desenvolvimento de naves, como a NASA, que criou o
primeiro ônibus espacial nos anos 1980, quem sabe um dia surgiram as
naves com equipadas com Teletransporte.

Artigo Por:
Guilherme da costa Radin
grborgten@yahoo.com.br
Montagem e Arte Final:
Cap. MDaniel - USS Venture NCC
71854
Fontes:
Star Trek - The Next Generation -
TECHNICAL MANUAL
Wikipédia, a enciclopédia livre!
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teletransporte
TREKBRASILIS
www.trekbrasilis.net/tng/universo/tecnologia/transporte.htm
Site Oficial de Star Trek
http://www.startrek.com
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