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Sensoriamento SubEspacial - Mapeando o Universo Usando Seu Próprio Manto
 

O Site da USS Venture está mais uma vez publicando um artigo técnico de um Grande Trekker. Para quem não conhece o Contra-Almirante Marc Seven é um especialista em dados científicos do Universo Star Trek e atual Comandante da Divisão Acadêmica e Estudos Científicos da FFESP - Federação da Frota Estelar de São Paulo. Este é o quarto artigo de sua autoria que estamos publicando.

 

Este artigo técnico apresenta o funcionamento do Sensoriamento Subespacial, principio básico dos Sensores instalados nas naves ou bases estelares, e dos tricoders e sondas espaciais do Universo Star Trek. Aproveitem!
 

 Alm. MDaniel Landman

 USS Venture NCC 71854

 


 

OS SENSORES SUBESPACIAIS

 

Expresso aqui a forma como aprendi que funcionam todos os sensores que vemos sendo usados na Federação Unida dos Planetas, no que tange à categoria de sensores subespaciais.

 

A vida, como a conhecemos, no nosso dia a dia pode se resumir no que nossos sentidos nos dizem e, no máximo, eles nos dizem que podemos nos mover e ver objetos em três dimensões:

 

 

Com o passar das eras, a humanidade também passou a entender uma quarta dimensão, na qual também se movimenta, por enquanto, apenas em uma direção: o TEMPO.

 

Einstein provou matematicamente em 1920 que a quarta dimensão, chamada de Tempo é relativa, ou seja, seu valor ou sua velocidade, por assim dizer, pode variar de acordo com a velocidade em que algo se movimenta.

 

Einstein tentou por muito tempo provar também a existência de uma quinta dimensão, algo que também compõe o Espaço. Algo aparentemente simples por que sabemos que existe mas não entendemos completamente as bases de sua existência: a GRAVIDADE.

 

Einstein também provou que o espaço, o tempo e a gravidade formam uma malha que praticamente abrange todo o universo como o conhecemos. Mostrou que uma coisa esta intimamente ligada a outra e tudo funciona de forma muito, muito precisa.

 

Estávamos ainda boquiabertos com o que este grande cientista descobriu, coisa que os nossos sentidos nem sequer fazem idéia de como perceber, mas que são fatos que regem tanto planetas quanto o funcionamento dos nossos relógios mais precisos e surgiu outro cientista, de nome Max Planck que insistiu em ir onde Einstein ainda não tinha ido e por acaso depois de um experimento, iniciou o desenvolvimento da FÍSICA QUÂNTICA.

 

É claro que Max Planck teve como base as descobertas de Einstein para subir em mais esse degrau no conhecimento do universo. A física quântica permitiu por algum tempo que os computadores baseados em chips de silício, que já tinham atingido seu limite de miniaturização pudessem evoluir para computadores quânticos que usam uma forma totalmente diferente de funcionamento para atingir velocidades até 1000 vezes maiores do que seus antecessores.

 

 

 

A física quântica e a teoria da relatividade deram as mãos no século 22 quando foi possível construir geradores de energia limpa e com essa energia extra, manipular e entender mais sobre a gravidade, e mostrou que esta era a peça que faltava para que a humanidade entendesse o gigante quebra-cabeças cósmico.

 

Nessa época percebeu-se que a assim chamada energia sideral gravimétrica enchia o universo como o ar enche a sala em que você está lendo este artigo. Essa energia reage com a presença de matéria, que a desloca criando um efeito tridimensional de empuxo exatamente como Arquimedes descobriu numa banheira cheia de água.

 

Ele acabou explicando o que acontece da seguinte forma:

 

“Um fluído em equilíbrio age sobre um monólito nele imerso (parcial ou totalmente) com uma força vertical orientada de baixo para cima, denominada empuxo, aplicada no centro de gravidade do volume de fluído deslocado, cuja intensidade é igual a do peso do volume de fluído deslocado”

 

Como vemos, da mesma forma que a água na gravidade da Terra, a energia gravimétrica também reage com a presença da matéria que a “desloca”, mas de uma forma muito mais ampla do que nossos sentidos estão acostumados a ver. O fato foi descoberto por Isaac Newton, que entendeu como a gravidade funciona, mas não o exato por que.

 

Em vez de impulsionar para cima, como a água, a energia gravimétrica faz com que “matéria seja atraída por matéria, na proporção inversa de suas massas” ou seja matéria maior sempre ganha o cabo de guerra atraindo a matéria menor para si.

 

 


 

Percebendo a Malha do Universo

 

A ciência de computação quântica foi aprimorando a qualidade de suas máquinas até que nos primeiros anos do século 22 entendeu-se que não somente átomos podiam ser usados como processadores mas suas partículas também, as fabricas orbitais aumentavam sua demanda criando processadores mais e mais precisos graças a fabricação sob micro-gravidade .

 

Um belo dia, um 25 de abril se não me engano, um cientista tentava obter um processador feito com partículas atômicas que tivessem determinado comportamento, de forma que pudessem ser montadas numa micro estrutura esférica e cristalina. Era formada de dois bilhões dessas partículas e formavam uma esfera perfeita. Depois de conseguir montar a esfera com picotecnologia muito comum na época das chamadas “fabricas de gravidade zero” ele mediu seu tamanho e aqueles dois décimos de milésimo de milímetro estavam ideais para colocar este processador no seu soquete de leitura.

 

Sem querer este cientista acabou elaborando um cristal esférico microscópico que se comportava como os GRÁVITONS, partículas teóricas que não eram responsáveis pela gravidade em si mas permitiam senti-la como um todo.


Aquilo que foi criado para ser um processador quântico se tornou a primeira das duas maiores criações da humanidade do século 22, mal se sabia que cerca de quarenta anos mais tarde, depois de uma guerra nuclear que, é claro, também fez uso da tecnologia subespacial, a humanidade foi auto-humilhada a ponto de quarenta anos depois da descoberta daquele cientista, receber ao mesmo tempo a primeira visita dos vulcanos e a invenção do Motor de Dobra Espacial e não transformar isso em arma.


O novo conceito de sensor subespacial, abriu toda uma nova ciência. A resolução das leituras permitiam escanear materiais, definindo a nível subatômico do que esses materiais eram feitos apenas por causa da forma com que afetavam o subespaço com sua presença. O minúsculo tamanho do sensor em si permitia que fosse instalado tanto em escaners de mão como em naves, veículos e esferas de grávitons muito maiores foram projetadas para se tornarem sensores precisos com alcance de anos luz de distancia. Um exemplo pratico: com o primeiro telescópio subespacial, foi possível determinar que a estrela Alfa Centauro tinha três planetas e quanto ouro, ferro e água existiam em cada um deles fazendo essas leituras na Terra.

Também foi descoberto que se os sensores forem envoltos em campos magnéticos fortes, isso aumenta ainda mais o seu alcance e precisão, mas aumenta muito a energia necessária para manter a forma da esfera e do campo magnético em si.


A evolução dos computadores e a programação associada às leituras subespaciais tornaram o imageamento dessas leituras fantasticamente realistas, o que literalmente permite que se veja em detalhes o que normalmente esperaríamos muitos anos para ver depois que a luz do evento chegasse até nossos telescópios óticos, ou, no caso da medicina, um paciente tivesse que ser aberto com bisturis, de forma ainda medieval para que o médico pudesse ver o que se passa dentro do paciente.


A correta leitura do subespaço foi um maravilhoso presente para a humanidade.


Se você até aqui não entendeu bem o que é o subespaço imagine então que o universo é uma piscina gigante e que você está bem no centro dela. Ela está cheia com algo que é muito transparente, mas não é água e quando fecha os olhos, imagine que você também é feito desse material.

 

 

Imagine que você é o subespaço, não um ser vivo, mas algo que existe com as características da energia gravitacional sideral. Sendo assim a piscina inteira funciona bem parecida com seu sistema nervoso, você pode sentir se uma gota de água cai na piscina, sabe exatamente onde caiu e para onde está indo, por que tudo nessa piscina é parte de você. Não se trata de som ou de vibrações, é só gravidade. Se há um objeto flutuando em você, você tem total ciência do que ele é e como tem se comportado, pois sua existência é sentida por você assim como Arquimedes foi “sentido” pela água de sua banheira e assim ele pode entender sua reação. É assim que o sensor percebe tudo a sua volta.


Mesmo com todas essas vantagens, os sensores subespaciais também tem suas deficiências, não em seu conceito sensorial, afinal o subespaço existe e uma vez que sabemos da sua existência, não precisamos nos ater apenas a sua leitura mas em compreender mais sobre suas reações e suas características naturais.

 

 

TRICORDER ROMULANO

 

TRICORDER KLINGON

 

TRICORDER FROTA ESTELAR

 

Toda a tecnologia subespacial usada na Federação Unida dos Planetas foi desenvolvida paralelamente por cada uma de suas muitas culturas que a formam, havendo muito pouco intercambio tecnológico nesse sentido, sendo assim pode ser que o software de um tricorder romulano, por exemplo, saiba identificar um material, o qual um tricorder klingon, cujo programador nunca tenha tido ciência desse material, vai registrar suas características básicas, mas vai rotulá-lo como desconhecido.

 

Conhecer o subespaço também permite influenciá-lo. Com o tempo e a tecnologia correta foi possível criar um ínfimo “movimento” no subespaço que, é claro, foi muito bem percebido por todos os tipos de sensores subespaciais dessa época, feito isso, bastando modular e codificar esse movimento, e adaptando computadores para identificar e decodificar esses movimentos, era possível criar meios de comunicação muito mais rápidos que a luz, sendo que os causadores do movimento subespacial seriam os novos transmissores ao passo que os sensores agora serviriam como receptores das chamadas mensagens subespaciais, variando em frequência, modulação e até mesmo em peso, densidade, cor, “existência ou não” e um numero tão grande de variações e codificações quanto a variedade de materiais existentes no universo ou mais!

 

 

Assim, os agora transmissores subespaciais podem ser usados tanto para transmitir mensagens e informações quanto para enganar sensores imitando assinaturas existenciais de tudo menos quem o transmissor realmente é.

 

Ainda na primeira metade do século 22, o sensoriamento subespacial postulou que dada a existência de um objeto em determinado local no Espaço-Tempo, o exato ponto de existência subespacial poderia ser manipulado fazendo com que, sem se mover da forma tradicional, um dado objeto desaparecesse do lugar onde estava e aparecesse num local distante em questão de segundos. Essa teoria foi explorada por muitos anos sem sucesso até que o Dr. Emory Erickson descobriu que um movimento como esse só seria possível se feito em partes do tamanho de uma molécula, reduzindo bastante a massa envolvida no processo.

 

Ele montou todo um intrincado sistema que usava uma rede de sensores subespaciais conectados entre si que tinham a precisão de ler um objeto identificando molécula por molécula de sua existência, e depois usou transmissores subespaciais muito fortes e muito focados para alterar uma por uma sua posição no subespaço. A conclusão do processo, ou seja, a re-materialização era facilitada por um feixe de energia que literalmente servia de trilha para facilitar o deslocamento subespacial da matéria.

 

Os primeiros tele-transportes bem sucedidos foram de bastões de metal pesando cerca de dois quilos e meio a uma distancia de quinhentos metros e cada transporte levou cerca de três horas para ser concluído. Feito isso, quanto mais rápido fosse o mapeamento molecular, o deslocamento subespacial e a conclusão da re-materialização, mais eficiente seria o tele-transporte, hoje um teleporte dura cerca de três segundos e por isso e outras melhorias até seres vivos podem ser teleportados.

 

A humanidade aprende com seus passos certos e errados. Descobrir o subespaço ajudou a humanidade a ver, entender e viver esse universo de uma forma muito mais produtiva que jamais imaginou ser possível. A esperança, no entanto, é que uma visão melhor do universo faça também que a humanidade se esforce para melhorar a si mesma.

 

“Uma vez me disseram que a maior diferença entre os sábios e os tolos é que os tolos jamais aprendem com seus próprios erros” – Duncan McLoud.

 

 

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Artigo Por:

Contra Almirante Marc Seven

uranide@gmail.com

 

Comandante da Divisão Academica e Estudos Científicos da FFESP

Comandante da Divisão Diplomática da FFESP

Comandante da Base Lunar FFESP no SL

Embaixador da FFESP na UFS

Embaixador da FFESP na USS-VENTURE

Capitão da USS-Urânide

 

 

Montagem e Arte Final:
Alm. MDaniel Landman - USS Venture NCC 71854

 

07/

 

 

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