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Missão
Centenário: O Brasil no Espaço
O site da USS Venture acompanhou
toda a missão do astronauta brasileiro em seu primeiro vôo para o
espaço, colocando nossa bandeira e nosso país nesta caminhada para o
cosmos.
Este momento
especial não poderia ficar sem um registro deste site, para que as
futuras gerações saibam que humanidade está em busca de sua identidade
olhando para o espaço e para o futuro.
A bordo da nave russa o astronauta brasileiro, o tenente coronel Marcos
Pontes, se viu na missão de sua vida e de todo um país. Talvez alguém
possa dizer que temos problemas mais urgentes neste país a resolver que
mandar alguém ao espaço. Porém se esquecem que o mundo atual é feito de
ciência e tecnologia, se não buscarmos atingir uma meta tecnológica
básica que permita um futuro digno ao nosso povo, continuaremos a ser
aquele país agrícola de subsistência, colônia dos países
tecnologicamente desenvolvidos.
Esta artigo foi
elaborado com reproduções de matérias, artigos e fotos veiculadas no
meios de comunicação, principalmente da UOL e BBC, e em especial nos dados Agência Espacial
Russa.
Cap. MDaniel
USS Venture NCC 71854
Missão
Centenário: O Brasil no Espaço
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Em 18 de Outubro de 2005, a
Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação
Russa (Roscosmos) assinaram um acordo que possibilitou a realização da
Missão Centenário, que levou o astronauta brasileiro Ten. Cel. Av.
Marcos César Pontes à Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em
inglês).
A
missão recebeu esse nome em homenagem ao centenário do vôo de Santos
Dumont no primeiro engenho mais pesado que o ar, o 14 Bis. O vôo
aconteceu nos céus da cidade de Campo de Bagatteli, em Paris, no dia 23
de outubro de 1906.
O vôo do astronauta
brasileiro, foi realizado no dia 30 de março de 2006, no Centro de
Lançamento de Baikonur (Cazaquistão), sendo feito na nave Soyuz. Além do
brasileiro, viajaram o russo Pavel Vinogradov e o norte-americano
Jeffrey Williams.
A missão durou 10 dias, dos quais oito aconteceram na ISS, onde foram
realizados os experimentos. O astronauta pode levar 15 Kg de carga,
incluindo os experimentos científicos, itens pessoais e institucionais.
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Os Experimentos
Científicos
Pontes levou oito experimentos
científicos que foram estudados em ambiente de microgravidade. Dos
estudos que foram ao espaço, seis são de instituições de pesquisa
brasileiras e dois de escolas
do ensino fundamental, representadas pela Secretaria de Educação de São
José dos Campos (SP). A escolha das experiências ficou a critério da AEB
(Agência Espacial Brasileira).
"Entre os fatores que fazem do espaço
um lugar tão especial para os experimentos, podemos citar a pressão
externa próxima ao vácuo absoluto, grandes variações de temperatura,
incidência direta de radiação solar e microgravidade", escreveu Marcos
Pontes.
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Efeito da
microgravidade na cinética das enzimas:
Instituição: Centro Universitário da FEI
(Faculdade de Engenharia Industrial)
Objetivo: Estudar o efeito da microgravidade na cinética em três enzimas que
têm grande uso na indústria química, de alimentos e farmacêutica. |
Danos e reparos
do DNA na microgravidade:
Instituição: UERJ
(Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e Inpe (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais)
Objetivo: Descobrir a influência da radiação sobre as atividades que ocorrem
no interior das células humanas na baixa gravidade. Os resultados podem
ajudar na prevenção dos danos causados aos astronautas no ambiente espacial.
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Teste de
evaporadores capilares em ambiente de microgravidade:
Instituição: UFSC
(Universidade Federal de Santa Catarina)
Objetivo: Desenvolver e aperfeiçoar o conhecimento de controle térmico para
satélites.
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Minitubos de
calor:
Instituição: UFSC
(Universidade Federal de Santa Catarina)
Objetivo: Comprovar a eficácia do dispositivo de transferência de calor em
ambientes de microgravidade. Com isso, os minitubos poderão ser utilizados no
espaço, no controle de temperatura de componentes eletrônicos.
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Germinação de
sementes em microgravidade:
Instituição: Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Cenargen (Unidade Embrapa
Recursos Genéticos e Biotecnologia)
Objetivo: Ampliar o conhecimento sobre as sementes da espécie Astronium
fraxinifolium, com o intuito de melhorar as técnicas para a preservação
ambiental e desenvolvimento sustentável.
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Nuvens de
interação protéica:
Instituição: Cenpra
(Centro de Pesquisas Renato Archer), do Ministério de Ciência e Tecnologia
Objetivo: Aprimoramento de técnicas para a obtenção de medicamentos de ação
mais rápida, além de identificação de microorganismos causadores de doenças
em reservatórios de abastecimento de água.
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Germinação de
sementes de feijão:
Instituição:
Secretaria de Educação de São José dos Campos (SP)
Objetivo: Estimular e engajar estudantes - que acompanharão o desenvolvimento
das sementes via internet - na participação das possibilidades existentes em
pesquisas espaciais.
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Cromatografia da
clorofila:
Instituição:
Secretaria de Educação de São José dos Campos (SP)
Objetivo: Estimular e engajar estudantes - que também acompanharão o
desenvolvimento deste experimento via internet - na participação das
possibilidades existentes em pesquisas espaciais.
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Como Foi o Lançamento
(Imagens da Roscosmos)
A
"Missão Centenário" teve início às 8h29 do dia 30/03/2006 (23h29 da
quarta em Brasília), conforme o previsto. O tenente coronel Marcos
Pontes, 43, partiu rumo à ISS (Estação Espacial Internacional) a bordo
da nave russa Soyuz TMA-8, que decolou da base de lançamento Baikonur,
no Cazaquistão.
A nave russa Soyuz TMA-8 demora
cerca de dois dias para chegar à ISS e pouco mais de três horas para
voltar à Terra. Entenda por que a ida é bem mais demorada:
A Trajetória da
Missão
A "Missão Centenário" teve dez
dias de duração. Confira a trajetória da nave nave russa Soyuz TMA-8,
que levou o astronauta Marcos Pontes à Estação Espacial Internacional e
o trouxe de volta à Terra.
Chegada na Estação
Espacial
Após
esperar quase duas horas, o tenente coronel Marcos Pontes e os demais
integrantes da "Missão Centenário" conseguiram entrar na ISS, por volta
das 3h do dia 1º de abril.
Pontes foi o primeiro a sair da nave
russa Soyuz TMA-8, que transportou a tripulação até a estação, e abraçou
o russo Valeri Tokariov e o norte-americano William McArthur, que devem
voltar à Terra com ele em oito dias. Sorridente, Pontes carregava e
exibia a bandeira brasileira.
Durante a apresentação da equipe, Pontes recebeu uma mensagem do
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que felicitou o
brasileiro e os demais integrantes da nave. "Pontes, bola pra frente !",
disse Lula ao astronauta, que agradeceu.
A
Soyuz acoplou-se com sucesso à Estação Espacial Internacional, por volta
de 1h18 deste do dia 1° de abril, no horário de Brasília.
A tripulação da nave teve de esperar cerca de uma hora e meia para
checagem de sistemas e para a pressão interna da nave se equiparar com a
da estação. Além de renovar a tripulação, a missão levou à ISS uma
grande provisão de mantimentos, equipamentos e experimentos científicos.
O cosmonauta Marcos Pontes aproveitou
para responder, em entrevista ao "Jornal Nacional" logo após chegar na
Estação Espacial, aos críticos do Programa Espacial Brasileiro, cuja
missão custou US$ 10 milhões aos cofres públicos brasileiros.
"É
o início de uma nova era para a gente no Brasil. Nós temos, através
dessa missão, a abertura de novas fronteiras, tanto para o vôo
tripulado, quanto para outros vôos e experimentos a bordo da Estação
Espacial Internacional. Eu espero que os resultados irão demonstrar a
viabilidade e a necessidade desse tipo de ação do programa espacial
brasileiro. Eu espero contar com esses cientistas [os críticos] para que
eles utilizem essa nova abertura, esse novo laboratório", disse Pontes.
Na entrevista, Pontes fez uma breve descrição das tarefas de cada um dos
tripulantes a bordo da nave russa Soyuz TMA-8 e disse que o comandante
coordena todas as operações a bordo. Já na ISS, sua tarefa é executar as
oito experiências brasileiras e ajudar nas operações gerais do grupo.
O Traje Espacial de
Pontes
O traje russo Sokol que foi vestido
por Marcos Pontes durante a decolagem e retorno à Terra. Veja detalhes
sobre esta peça.
A Volta para Casa em
Segurança
A Nave Soyuz TMA-7, que trouxe o
astronauta Marcos Pontes e seus dois colegas de volta à Terra, fez um
pouso bem-sucedido às 20h48 do sábado dia 08/04/2006 (horário de
Brasília) nas imediações da cidade de Arkalyk (Cazaquistão). A viagem de
retorno teve início às 17h30, quando a Soyuz desacoplou da ISS (Estação
Espacial Internacional).
Depois
de retirado da cápsula, o primeiro astronauta brasileiro apareceu
sorridente, ainda com o traje espacial Sokol. Assim como fez durante sua
estada na ISS, ele segurava uma bandeira do Brasil.
Os astronautas foram examinados por profissionais de uma equipe de
resgate, que montaram uma tenda portátil no local do pouso. Segundo a
Nasa TV, os primeiros testes indicaram que o estado de saúde dos três é
"muito bom".
Os astronautas que acompanharam o brasileiro na viagem de retorno, o
russo Valeri Tokariov e o norte-americano William McArthur,
passaram cerca de seis meses na ISS, em um ambiente de microgravidade.
"Na volta, parece que você está sendo puxado para o chão, os olhos giram
um para cada lado e as pernas ficam tremendo quando você tenta ficar em
pé", explicou o general Valery Korzun, primeiro vice-comandante do
Centro Yuri Gagarin de Treinamento de Cosmonautas (Moscou).
Os astronautas seguem de helicóptero para Kustanay, no Cazaquistão, onde
concedem uma entrevista coletiva. Na seqüência, embarcam em um avião
militar russo rumo a Moscou.
Como não havia um local específico
definido para o pouso, a equipe de resgate seguiu a nave logo depois de
sua reentrada na atmosfera. Um sinalizador da Soyuz facilitou a
realização deste monitoramento, deixando no céu um rastro como o dos
cometas.
A equipe de resgate contava com nove helicópteros russos MI-8 e três
carros especiais "capazes de andar até na Lua". Estes veículos
terrestres seriam utilizados caso os helicópteros não conseguissem se
aproximar do local de pouso.
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Cap. MDaniel - USS Venture NCC
71854
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